Módulos aplicacionais

A aplicação que se pretende construir subdivide-se em 4 módulos:

  • Identificação – Através de autenticação segura
  • Interface – Entrada de postagens, consulta e acesso, dashboard, listagens, gráficos, etc.
  • Postagens ou objetos – Promessas, aspirações, realizações, etc.
  • Disputa – Relacionamentos de Postagens/objetos e atributos, contraditórios, moderação e fact checking por crowd auditing, votação contextual, etc.

Principais requisitos funcionais e técnicos

Um sistema relacional de “objetos” categorizados

Chamamos-lhe “rede social”, mas verdadeiramente tratar-se-á de um sistema relacional de publicação autenticada de objetos que integram atributos (políticas / causas, geografias, instituições e links para evidências externas) e instâncias (ciclo de vida desde o desejo / promessa até à concretização).

A categorização dos atributos poderá ser efectuada pelo autor ou automaticamente por text analysis / mining.

A “disputa” decorre do escrutínio de cada objeto, por parte de políticos e sociedade civil (comentários, aprovações e rejeições) e respetiva quantificação, com recurso ou não a mini polls.

A quantidade e a natureza dos objetos devidamente categorizados e escrutinados será exposta ao utilizador mediante queries multi-critério e dashboards dinâmicos.

Na fase de análise e arquitetura, para além de engenheiros e técnicos de informática, poderemos contar com o contributo de investigadores das áreas de ciência política (ISCSP) e de jornalismo ((ESCS), que são parceiros do projeto.

Isto são apenas algumas notas pois está ainda tudo em aberto.

Publicações autenticadas e baseadas em factos / evidências

Perspetivas múltiplas e quantificadas de consulta expostas e comparáveis em dashboards

Diagrama Geral

A Inteligência Artificial e a mineração de texto ao serviço da cidadania

Pretende-se incorporar mineração de texto (text mining ou text analytics), ferramentas de inteligência artificial (AI) e processamento de linguagem natural (NLP) para transformar o texto livre (não estruturado) em dados estruturados e normalizados, capazes de alimentar os dashboards do sistema, procurando deste modo criar uma interação simples e clara por parte do utilizador, em torno de políticas públicas e causas cívicas.

Blockchain, CMS ou código de raiz? Vantagens e inconvenientes para o nosso projeto?

Todas as redes sociais baseadas em blockchain enquadram-se na categoria de redes sociais descentralizadas e uma rede social descentralizada não possui uma autoridade central proprietária que detenha todos os dados, para serem “recomendados” aos utilizadores mediante solicitação, como parece que irá acontecer neste caso.

As vantagens das redes sociais descentralizadas são as seguintes, mas quase todas não se adequam a este projeto:

  • As redes descentralizadas evitam a mercantilização e o uso inescrupuloso dos dados do utilizador.
  • Como nenhuma entidade tem controle sobre o que se pode publicar ou não, há maior liberdade de expressão.
  • As interações são protegidas por criptografia, resultando numa maior privacidade e segurança dos dados.
  • O crowdfunding para a criação de conteúdos por meio de criptomoeda é mais fácil.
  • A natureza de código aberto da rede permite a criação de servidores privados para partilha e moderação de conteúdos com mais facilidade.

As redes descentralizadas podem ter futuro nas redes sociais, mas possuem algumas deficiências particularmente críticas para este projeto:

  • Não há ninguém para controlar ou moderar o conteúdo, o que significa que não há espaço para censurar conteúdo impróprio.
  • Uma vez que o seu conteúdo está “lá fora”, não é possível editá-lo.
  • A autenticidade do utilizador é mais difícil de verificar.
  • No caso de uma rede ser desligada, todos os dados nela contidos serão perdidos.
  • Os sistemas descentralizados ainda estão sujeitos a muitos ataques.

Por tudo isto, não cremos que o blockchain seja a melhor solução para esta rede e poderemos começar com uma estrutura CMS (Content Management System) de código aberto, como o WordPress ou o Drupal, com a vantagem de se poder alargar o código existente a algumas das funcionalidades que se pretendem para o nosso sistema.

A maioria dos frameworks de CMS modernos são desenvolvidos no estilo object-oriented (OOP), em que a funcionalidade é claramente organizada em classes que podem ser reutilizadas e alargadas, evitando editar ou interferir no código fonte (uma prática perigosa e indesejável às vezes conhecida como “núcleo de hacking”, que programadores menos meticulosos costumam fazer porque requer menos esforço inicial). Quando há atualizações disponíveis para o software da estrutura CMS subjacente, há muito menos perigo de algo correr mal devido ao uso de código personalizado da base de dados (DBS); e acaba por facilitar o alargamento e a internacionalização futura.

Arquitetura base do sistema

Estamos já a definir a arquitetura base do sistema, nomeadamente:

  • Gestão de Identidades
  • Posts
  • Objectos
  • Modelo de Dados
  • Core

Iremos dando conta das evoluções neste site.

Mecanismos propostos para monitorização e avaliação do projeto

O desenvolvimento do projeto será acompanhado em permanência por um Conselho Consultivo com a participação dos parceiros e grupos da APDSI envolvidos e muito especialmente o grupo dos “Futuros da Sociedade da Informação” e o grupo “CivicTech”.

O projeto terá um modelo de governance constituído por um comité técnico que reunirá mensalmente e que integra, da parte da APDSI, o gestor do projeto e um elemento da Direção e, da parte do(s) fornecedor(res) de serviços externos, integrará um responsável técnico e operacional do lado da equipa de engenheiros informáticos adjudicados para o efeito, com os seguintes objetivos: Elaboração de pontos de situação e revisão de estratégia, gestão da relação com parceiros, monitorização de indicadores, reporte e comunicação externa.

Serão utilizadas ferramentas partilhadas e interativas de monitorização de compromissos e realizações das várias tarefas e fases do projeto, bem como alguns instrumentos disponíveis para diagnóstico de indicadores comunicacionais e tecnológicos, para avaliação da eficácia, segurança e privacidade dos sites web que irão ser disponibilizados no âmbito do projeto.

Alguns referenciais (Âncoras) para Politicas Públicas e Causas

São 10 as áreas governativas definidas pela OCDE (COFOG) e adotadas em Portugal e pela maioria dos estados:

  1. Serviços gerais da administração pública
  2. Defesa nacional
  3. Segurança e ordem pública
  4. Assuntos económicos
  5. Proteção ambiental
  6. Habitação e equipamentos coletivos
  7. Saúde
  8. Serviços culturais, recreativos e religiosos
  9. Educação
  10. Proteção social

São 13 os Direitos Humanos fundamentais que são atualmente monitorados pelas Nações Unidas:

  1. Direito à educação
  2. Direito à comida
  3. Direito à saúde
  4. Direito à habitação
  5. Direito ao trabalho
  6. Direito de não ser preso arbitrariamente
  7. Direito de não ser submetido ao desaparecimento forçado
  8. Direito a não ser condenado a pena de morte
  9. Direito a não ser submetido a execução extrajudicial
  10. Direito de não ser torturado
  11. Direito de reunião e associação
  12. Direito de opinião e expressão
  13. Direito de participar do governo.

São 17 os ODS – Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável

  1. Erradicar a Pobreza
  2. Erradicar a Fome
  3. Saúde de Qualidade
  4. Educação de Qualidade
  5. Igualdade de Género
  6. Água Potável e Saneamento
  7. Energias Renováveis
  8. Trabalho dígno e Crescimento
  9. (Indústria, Inovação e Infraestruturas
  10. Reduzir as Desigualdades
  11. Cidades e Comunidades sustentáveis
  12. Produção e Consumo sustentáveis
  13. Ação Climática
  14. Proteger a Vida Marinha
  15. Proteger a Vida Terrestre
  16. Paz, Justiça e Instituições Eficazes
  17. Parcerias para a Implementação dos Objetivos

Os 11 Valores da União Europeia

  • Dignidade Humana
  • Liberdade
  • Democracia
  • Estado de Direito
  • Igualdade
  • Direitos Humanos
  • Pluralismo
  • Não discriminação
  • Tolerância
  • Justiça
  • Solidariedade

A classificação do COLABOR do IPPS / ISCTE

Prioridades do CERV – Operating grants a ter em consideração no Modelo de Dados

  • Promoção e proteção dos valores da União
  • Promover a igualdade, prevenir e combater a discriminação
  • Promoção da igualdade de gênero
  • Combate ao racismo, xenofobia e todas as formas de intolerância
  • Protegendo e promovendo os direitos da criança
  • Promoção da memória europeia
  • Promover o engajamento dos cidadãos
  • Prevenção e combate à violência de gênero
  • Prevenção e combate à violência contra crianças

Experiências congéneres

Existem pelo mundo algumas aproximações que podem ser inspiradoras e das quais já se retiraram algumas lições, no entanto verificámos que não constituem redes sociais nem tão pouco plataformas agregadoras, agnósticas e intemporais como se está a propor com este projeto:

Algumas ferramentas inspiradoras:

Algumas iniciativas institucionais, parlamentares, municipais e partidárias

Vejamos em seguida uma possível lista de Políticas Públicas e Causas Cívicas a considerar no Modelo de Dados do sistema:

Defesa
Segurança e Ordem Pública
Economia
Produtividade e Crescimento
Indústria, Inovação e Infraestruturas
Desenvolvimento Rural
Recursos Marinhos
Ambiente
Alterações Climáticas
Habitação
Saúde
Cultura
Educação
Justiça
Proteção Social
Alimentação
Emprego e Trabalho
Igualdade de Género
Proteção das Mulheres
Proteção das Crianças
Proteção dos Idosos
Cidadãos com Necessidades Especiais
Pobreza e Desigualdades Sociais
Racismo e Xenofobia
Instituições Eficazes
Combate à Corrupção
Liberdade de expressão e Informação
Liberdade de Reunião e Associação
Liberdade Religiosa
Transformação Digital e Futuros
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