Vamos rebentar as “bolhas” e o sectarismo

“Nada do que é novo será bem sucedido se não parecer louco quando for apresentado pela primeira vez“

Albert Einstein

Objetivos do Projeto

Criar uma nova rede social de apoio à democracia participativa, capaz de juntar no mesmo espaço público a sociedade civil, os partidos políticos e o governo, estimulando o contraditório no diálogo entre pessoas e instituições que representam “tribos” com perspetivas e objetivos diferentes, em vez de se fecharem em “bolhas” de radicalismo e de ódio, fomentando a publicação de conteúdos baseados em evidências e factos reais, com autores autenticados, onde todas as publicações são alvo de escrutínio público por parte de todos os intervenientes e com alguns automatismos de alerta; Visa contribuir para a auscultação da sociedade civil sobre problemas que requerem solução e expectativas capazes de induzir novas políticas públicas, em tempo oportuno; Será uma ferramenta eleitoral onde se encontram todas as promessas e realizações de partidos políticos do governo e da oposição, sujeitas a escrutínio e contraditório permanente; Será um sistema adaptável a qualquer país democrático do mundo.

Justificação do Projeto

  • Estando nós em plena revolução digital como se pode perspetivar a evolução da democracia para daqui a vários anos?
  • Como evoluirão num mundo de crescente complexidade os modelos de decisão em sociedade?
  • Sobreviverá o modelo de democracia representativa/liberal à revolução digital, sabendo-se que muito dos seus atuais sistemas de decisão nasceram na era das soberanias e das fronteiras do tempo da revolução industrial e permanecem na sua conceção e aplicação ainda na era analógica?
  • Vivemos uma época de recessão e de ilusão de democracia onde é emergente o populismo, o extremismo e o autoritarismo?

As grandes decisões parecem ser tomadas por pequenas elites que detêm o poder, levando à frustração de parte da população, nomeadamente a mais jovem, face à sua impotência e irrelevância nas tomadas de decisão.

A Era Digital corresponde a uma “revolução” fortemente disruptiva (porque, entre outras características, é “exponencial”) dos processos de comunicação/informação da Humanidade. Compará-la aos impactes da revolução de “Gutenberg” e aos seus impactes políticos, religiosos e culturais peca, porventura, por defeito.

  • Tendo em conta tal, como percepcionarão e atuarão os “nativos digitais” nos processos (macro) políticos, sejam eles democráticos, liberais ou autocráticos ou ainda “tradicionais”?
  • Qual o valor da Liberdade quando esta é invocada para tudo, até para destruir a Democracia?
  • Será que somos pessoas livres na Era Digital, agindo com a consciência não manipulada?

Sem pretender responder a todas estas questões, o projeto DemocraciaDigital.pt pretende minimizar os efeitos perversos de algumas delas e sobretudo pretende dar voz aos cidadãos e amplificar as suas causas junto dos poderes públicos, evitando sectarismos, escrutinando e dando mais transparência às políticas públicas.

No DemocraciaDigital.pt todas as expectativas, promessas, “feiras de vaidades” e realizações efetivas serão escrutinadas por todos. Haverá sem dúvida muitas divergências, pois ninguém se poderá refugiar em “bolhas” e esperar apenas aplausos dos seus adeptos e correligionários. Trata-se de uma nova “polis” inspirada e adaptada ao espaço digital, sem permitir que os dados dos cidadãos sejam utilizados para destruir a democracia, procurando criar um novo espaço inclusivo e participativo, que seja alternativo às redes sociais dominadas atualmente por grandes soberanos digitais.

Porque é um projeto inovador

Existem ou existiram no passado sistemas e instrumentos digitais semelhantes, mas todos eles estão fechados nas respectivas “tribos” ou foram utilizados pontualmente para uma ocasião. O que se pretende com o DemocraciaDigital.pt é trazer os partidos e a sociedade civil para a mesma polis digital – É essa a inovação e o valor acrescentado que se pretende com esta rede social.

Existem pelo mundo algumas aproximações que podem ser inspiradoras e das quais já se retiraram algumas lições, no entanto verificámos que não constituem redes sociais nem tão pouco plataformas agregadoras, agnósticas e intemporais como se está a propor com este projeto:

Algumas ferramentas inspiradoras:

Algumas iniciativas institucionais, parlamentares, municipais e partidárias

Descrição do Projeto e articulação entre as suas Componentes

O Problema:

Na maioria das redes sociais atuais as decisões já não são tomadas unicamente por seres humanos, mas confiadas no todo ou em parte a sistemas que processam dados e  algoritmos não auditados, influenciando processos decisórios políticos e sistemas eleitorais, através de ativismo pessoal e robótico não escrutinado e movimentando multidões organizadas em bolhas monetizadas, mais ou menos moderadas, mas também nas novas redes onde se invoca a “liberdade de expressão” para se propagar fake news e teorias da conspiração, para induzir comportamentos e decisões políticas extremistas.

A Solução:

O projeto é constituído por 3 componentes e a (1) componente aplicacional subdivide-se em 4 módulos: (1.1) Identificação – Através de autenticação segura, (1.2) Interface – Entrada de postagens, consulta e acesso, dashboard, listagens, gráficos, etc. (1.3) Postagens ou objetos – Promessas, aspirações, realizações, etc. (1.4) Disputa – Relacionamentos de Postagens/objetos e atributos, contraditórios, moderação e fact checking por crowd auditing, votação contextual, etc.

As publicações serão baseadas em factos e evidências, com um mecanismo democrático de correção de erros e factos, moderação e fact check garantida por contraditório (crowd auditing), encontro entre perspetivas diferentes e desconstrução de “bolhas”, repositório de problemas, expectativas e necessidades de políticas públicas. Uma plataforma aberta e de advocacy para causas societais, etc.

Tecnicamente será baseada em publicações que não se esgotam cronologicamente e se interligam entre si, seguras e autenticadas, acesso por qualquer plataforma, facilidades de pesquisa multicritério e geração dinâmica de dashboards, estrutura relacional object-oriented com controlo de estados, multilingue e de código aberto para escalabilidade e expansão futura a outras geografias democracyspace.eu.

Apesar de se pretender que esta rede social seja o mais possível autogerida, do tipo Wiki, pretende-se mobilizar estudantes de ciência política e jornalismo, bem como movimentos cívicos e partidários, para se efetuar o carregamento inicial de conteúdos (como programas partidários), para impulsionar os primeiros passos desta rede social.

Serão realizadas sessões reservadas de reflexão, debate, sensibilização e capacitação sobre os desafios da democracia no espaço digital, https://forumdaarrabida.pt e sessões de divulgação e animação pública desta nova rede social em ambientes de webinar, presenciais e híbridos.

Metodologia proposta para a implementação do projeto

Entende-se ser adequada uma metodologia desenvolvida à medida para as componentes centrais do projeto, garantindo uma gestão pragmática e flexível das atividades, optando-se por uma metodologia standard, assegurando a sua consistência com sistemas de reporte.

As 4 componentes do https://democraciadigital.pt: (1)  Identificação, (2) Interface, (3) Postagens ou objetos e (4) Disputa, serão concebidas e desenvolvidas por uma equipa que inclui um arquiteto aplicacional sénior na fase de concepção, que acompanhará toda a concepção e desenvolvimento, 2 programadores permanentes coordenados por um programador sénior no desenho da base de dados e na construção das funcionalidades e relacionamentos entre objetos, sempre acompanhados por um gestor sénior de projeto em todas as fases de concepção e realização do sistema.

O desenvolvimento do projeto será acompanhado em permanência por um Conselho Consultivo com a participação dos parceiros e grupos da APDSI envolvidos e muito especialmente o grupo dos “Futuros da Sociedade da Informação” e o grupo “CivicTech” e um comité técnico, que reunirá mensalmente e que integra da parte da APDSI, o gestor do projeto e um elemento da Direção e, da parte do(s) fornecedor(es) de serviços externos integrará um responsável técnico e operacional do lado da equipa de engenheiros informáticos adjudicados para o efeito, com os seguintes objetivos: Elaboração de pontos de situação e revisão de estratégia, gestão da relação com parceiros, monitorização de indicadores, reporte e comunicação externa.

Na fase de comunicação decorrerão para além de sessões reservadas de reflexão, debate e sensibilização sobre os desafios da democracia no espaço digital, https://forumdaarrabida.pt e sessões de divulgação e animação desta nova rede social em ambientes de webinar, presenciais e híbridos, serão realizadas também algumas ações de capacitação, participação em eventos e dinamização desta nova rede social nas demais redes sociais da APDSI, dos seus associados e de entidades parceiras.

 Ao longo do projeto será sempre tida em consideração a sua expansão internacional e o seu anúncio em inglês no democracyspace.org.

Cronograma do Projeto

Principais requisitos funcionais e técnicos

Publicações autenticadas, baseadas em factos e evidências

Consulta multidimensional e exposição de resultados em dashboards comparativos

Diagrama Geral

Alguns referenciais (Âncoras) para Politicas Públicas e Causas

São 10 as áreas governativas definidas pela OCDE (COFOG) e adotadas em Portugal e pela maioria dos estados:

  1. Serviços gerais da administração pública
  2. Defesa nacional
  3. Segurança e ordem pública
  4. Assuntos económicos
  5. Proteção ambiental
  6. Habitação e equipamentos coletivos
  7. Saúde
  8. Serviços culturais, recreativos e religiosos
  9. Educação
  10. Proteção social

São 13 os Direitos Humanos fundamentais que são atualmente monitorados pelas Nações Unidas:

  1. Direito à educação
  2. Direito à comida
  3. Direito à saúde
  4. Direito à habitação
  5. Direito ao trabalho
  6. Direito de não ser preso arbitrariamente
  7. Direito de não ser submetido ao desaparecimento forçado
  8. Direito a não ser condenado a pena de morte
  9. Direito a não ser submetido a execução extrajudicial
  10. Direito de não ser torturado
  11. Direito de reunião e associação
  12. Direito de opinião e expressão
  13. Direito de participar do governo.

São 17 os ODS – Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável

  1. Erradicar a Pobreza
  2. Erradicar a Fome
  3. Saúde de Qualidade
  4. Educação de Qualidade
  5. Igualdade de Género
  6. Água Potável e Saneamento
  7. Energias Renováveis
  8. Trabalho dígno e Crescimento
  9. (Indústria, Inovação e Infraestruturas
  10. Reduzir as Desigualdades
  11. Cidades e Comunidades sustentáveis
  12. Produção e Consumo sustentáveis
  13. Ação Climática
  14. Proteger a Vida Marinha
  15. Proteger a Vida Terrestre
  16. Paz, Justiça e Instituições Eficazes
  17. Parcerias para a Implementação dos Objetivos

Prioridades do CERV – Operating grants a ter em consideração no Modelo de Dados

  • Promoção e proteção dos valores da União
  • Promover a igualdade, prevenir e combater a discriminação
  • Promoção da igualdade de gênero
  • Combate ao racismo, xenofobia e todas as formas de intolerância
  • Protegendo e promovendo os direitos da criança
  • Promoção da memória europeia
  • Promover o engajamento dos cidadãos
  • Prevenção e combate à violência de gênero
  • Prevenção e combate à violência contra crianças

Vejamos em seguida uma possível lista de Políticas Públicas e Causas Cívicas a considerar no Modelo de Dados do sistema:

Defesa
Segurança e Ordem Pública
Economia
Produtividade e Crescimento
Indústria, Inovação e Infraestruturas
Desenvolvimento Rural
Recursos Marinhos
Ambiente
Habitação
Saúde
Cultura
Educação
Justiça
Proteção Social
Alimentação
Emprego e Trabalho
Igualdade de Género
Proteção das Mulheres
Proteção das Crianças
Proteção dos Idosos
Cidadãos com Necessidades Especiais
Pobreza e Desigualdades Sociais
Racismo e Xenofobia
Instituições Eficazes
Combate à Corrupção
Liberdade de expressão e Informação
Liberdade de Reunião e Associação
Liberdade Religiosa
Transformação Digital
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Luis Vidigal
Luis Vidigal
1 ano atrás

Comentário para o que é a nova rede social

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